quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Festival Melhores Filmes 2012: acessibilidade total, como sempre A 38ª edição do Festival SESC Melhores Filmes acontece de 4 a 29 de abril em São Paulo e em mais 17 cidades do interior. O tradicional Festival acontece no CineSesc e se estende a 17 cidades do Estado simultaneamente; evento é um dos maiores festivais em alcance do país.  Dia 4 DE abril tem início o tradicional Festival SESC Melhores Filmes. Além de São Paulo, 17 cidades do interior do estado receberão a programação do evento em 2012: Araraquara, Ilha Solteira, Campinas, Catanduva, Osasco, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São Caetano, Diadema, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba e Taubaté. A cerimônia de abertura da 38ª edição do evento será realizada no CineSesc e contará com a apresentação dos vencedores eleitos por público e crítica dos melhores longas, brasileiros e estrangeiros, que chegaram aos cinemas paulistanos ao longo do ano de 2011. Além da premiação, a abertura do festival trará a exibição de um longa inédito a ser anunciado em breve. A premiação contempla filmes vencedores nas categorias de melhor filme, documentário, ator, atriz, direção, roteiro e fotografia para os filmes brasileiros e melhor filme, direção, ator e atriz para os filmes estrangeiros. Os filmes mais votados por crítica e público serão exibidos até dia 26 de abril no CineSesc e até dia 29 de abril nas cidades do interior. A votação foi feita por uma consulta aberta ao público pela Internet e no CineSesc e por consulta direta à crítica especializada de todo o país. O Circuito A circulação do Festival SESC Melhores Filmes teve início em 2009, quando parte de sua programação foi estendida para cinco cidades do Estado de São Paulo após o encerramento na capital. Em 2011, a itinerância alcançou 15 cidades e se amplia neste ano para outras 17 cidades, em que as exibições gratuitas ocorrem simultaneamente com as de São Paulo. O Festival SESC Melhores Filmes Criado em 1974, é o mais antigo festival de cinema da cidade de São Paulo e oferece ao público a oportunidade de ver ou rever o que passou de mais significativo pelas telas da cidade no ano anterior ao evento. Os filmes que participaram da votação neste ano são aqueles lançados nas salas de cinema de São Paulo em 2011. Durante 37 anos a mostra do CineSESC já exibiu centenas de longas-metragens em sua programação anual, que são escolhidos democraticamente por meio de votação de público e crítica. Na edição 2010, o festival inovou ao ser o primeiro evento do gênero a disponibilizar sua programação com serviços que possibilitam o acesso de deficientes visuais (pela audiodescrição) e auditivos (legendagem open caption), recursos que serão oferecidos em todos os filmes da grade deste ano. Serviço: Festival SESC Melhores Filmes 2012 Exibição dos filmes vencedores pela votação de crítica e público De 4 a 26 de abril de 2012 CineSesc Rua Augusta, 2075 Tel: 11 3087-0500 De 4 a 29 de abril em 17 cidades do interior de São Paulo. Mais informações sobre o Circuito em www.sescsp.org.br. Fonte: Agito São Paulo

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Teatro com audiodescrição, legendas e lingua de sinais, em longa temporada Teatro Carlos Gomes Estréia Projeto de Inclusão Pessoas em uma platéia; algumas delas usam fones de ouvido para acompanhar a audiodescrição Com patrocínio da Petrobras, o teatro será o único do Brasil a contar com recursos de audiodescrição, interpretação em LIBRAS e legendagem em todas as peças em cartaz em 2012.  A partir do dia 4 de março, todas as peças em cartaz no Teatro Municipal Carlos Gomes, na temporada de 2012, vão contar com recursos para garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual e auditiva. O projeto, da Lavoro Produções, é patrocinado pela Petrobras, em parceria com a Prefeitura do Rio, e prevê sessões inclusivas aos domingos, duas vezes por mês, durante todo o ano. Na estreia do serviço, no dia 4 de março, o público poderá conferir a peça "As Mimosas da Praça Tiradentes" com recursos de audiodescrição, interpretação em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e legendas, como as que são utilizadas pelos canais de televisão em Closed Caption. As sessões inclusivas dos espetáculos serão sempre nos primeiros e terceiros domingos do mês. O Teatro Municipal Carlos Gomes, que é um dos mais importantes do Rio de Janeiro, será o único do país a oferecer o serviço de acessibilidade total ao público de suas peças. O objetivo é incluir as pessoas com deficiência visual - cegos e pessoas com baixa visão - além de pessoas com deficiência intelectual, autistas, disléxicos e com síndrome de Down, por meio da audiodescrição; e de pessoas surdas ou com deficiência auditiva, por meio da Língua Brasileira de Sinais e do serviço de Legendagem. Acessibilidade - O recurso da audiodescrição consiste na descrição objetiva de todas as informações visuais contidas nas cenas do espetáculo teatral, como expressões faciais e corporais, ações dos personagens, detalhes do ambiente, figurino, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de informações escritas em cenários ou adereços. Para completar a acessibilidade para as pessoas com deficiência visual, o programa da peça terá versão em Braille. - A interpretação em LIBRAS é a tradução para a Língua Brasileira de Sinais de todos os diálogos, músicas e informações sonoras importantes da peça teatral. - A legendagem também contém todos os diálogos, músicas e informações sonoras do espetáculo, e é utilizada pelas pessoas com deficiência auditiva que não usam LIBRAS. O projeto de acessibilidade não acarretará custos extras para os usuários dos recursos. Para assistir às peças, o público poderá usufruir do ingresso a preços populares, política já adotada pelos teatros da Rede Municipal do Rio de Janeiro, que inclui o Teatro Municipal Carlos Gomes. As Mimosas da Praça Tiradentes As Mimosas da Praça Tiradentes - foto do elenco Um grupo de transformistas ensaia um show para arrecadar fundos em prol do Cabaré das Mimosas, ameaçado de fechar suas portas. Ao longo dos ensaios são reveladas as histórias das personagens e suas relações pessoais. Cada uma delas representa um período da Praça Tiradentes - são negros, ciganos, vedetes, dançarinas de gafieira, a corte portuguesa e os estrangeiros que ao longo do tempo ajudaram a construir a identidade desta região. Alternando números musicais com cenas dramáticas, o espetáculo cria um mosaico de acontecimentos e fatos que mostra a importância e a razão pela qual a Praça Tiradentes foi considerada uma das regiões mais tradicionais do Rio de Janeiro, sendo conhecida, por muito tempo, como a "Broadway" brasileira. Texto de Gustavo Gasparini e Sérgio Módena. Com Cláudio Tovar, Marya Bravo, Gustavo Gasparini, Milton Filho, Jonas Hammar e César Augusto. De quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 18h, até 25 de março. Sobre a Lavoro Produções Lavoro Produções A Lavoro Produções é uma empresa pioneira na criação de projetos culturais com acessibilidade, que se tornou uma referência entre as instituições, grupos e pessoas com deficiência no Brasil e no mundo desde 2003, quando começou a realizar o Festival Assim Vivemos - Festival Internacional de Filmes Sobre Deficiência. O projeto introduziu a acessibilidade em projetos culturais no Brasil. Sobre o Teatro Municipal Carlos Gomes Fachada do Teatro Municipal Carlos Gomes O Teatro Municipal Carlos Gomes tem uma trajetória que se confunde com a própria história do teatro brasileiro. Em 1904, o empresário do entretenimento Paschoal Segreto comprou o antigo Teatro Cassino Franco-Brésilien, fundado em 1872, e o renomeou Carlos Gomes. Em 1963, a classe teatral reagiu contra a tentativa de transformar o teatro em cinema, mas o espaço ficou abandonado. Em 1988, o teatro foi posto à venda. A Prefeitura do Rio comprou o teatro, realizou uma grande reforma e o transformou em um dos melhores teatros da cidade, em 1993. Hoje, além da sala principal, funciona no segundo andar o Salão Nobre Guarani, reservado para espetáculos musicais. SERVIÇO: Acessibilidade no Teatro Carlos Gomes Peça: As Mimosas da Praça Tiradentes Dias: 04 e 18 de março, às 19h30 Local: Teatro Municipal Carlos Gomes. Praça Tiradentes, 19, Centro, telefone: 2224-3602 ou 2215-0556 Capacidade: 685 lugares Ingresso: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) Classificação etária: 12 anos Duração: 120 minutos Bilheteria: a partir das 11h (qui. e sex.); a partir das 14h (sáb. e dom.). Bilheteria: (21) 3204-3124 Patricia Klingl - patricia@palavraonline.com - (21) 9811-8087

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Menino cego vira xodó e comemora: ‘O Vasco é a minha vida’ Após deixar sua marca no clássico contra o Flamengo, Alecsandro comemorou de um jeito diferente. No lugar da tradicional careta que homenageia o pai Lela, o artilheiro vascaíno, acompanhado de Diego Souza e Wiliam Barbio, levou uma mão aos olhos e esticou a outra. Depois da partida que garantiu o Vasco na decisão da Taça Guanabara, o atacante explicou o novo gesto. Trata-se de outra bonita homenagem. Desta vez, a um menino de apenas sete anos: Hugo. - Ele falou que eu iria fazer o gol, mas tinha uma exigência, comemorar com uma mão no rosto e a outra pra frente. Então fiquei feliz por marcar num momento importante do clássico e dedicá-lo a um menino tão especial. Hugo é para você – disse Alecsandro. Morador de Bento Ribeiro e vascaíno fanático, o pequeno é deficiente visual desde o primeiro ano de vida. Mas o problema originado de um câncer (já curado) na retina gerado ainda no útero não o impede de ir a todos os jogos do time do coração. Seja na Colina histórica ou no Engenhão, Hugo sempre entra em campo de mãos dadas com Fernando Prass e já mostrou que é pé-quente. A primeira vez que acompanhou o time coincidiu com a ascensão do Vasco, que voltou a ser campeão ao conquistar a Copa do Brasil e passou a brigar também pelo Brasileirão. E nessa quarta-feira, o menino deu mais uma prova de que dá mesmo sorte para o grupo cruz-maltino. Antes de a bola rolar, ele foi levado até Alecsandro por Fernando Prass e previu o gol do atacante. Orgulhoso, Hugo comemorou a homenagem. Fonte: midianews.com.br

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

cursos de acessibilidade!Curso de Acessibilidade: Um novo olhar sobre a cidade. Tem como objetivo sensibilizar e orientar as pessoas envolvidas na construção e fiscalização de edificações, estudantes e demais profissionais das áreas de arquitetura, engenharia, tecnologia e design. O curso dissemina o conceito do Desenho Universal, orientando os profissionais a ter um novo olhar sobre a cidade, sensível à diversidade humana. Programa: lista de 8 itens • Introdução ao curso; • Entenda o que é acessibilidade e aplicação do Desenho Universal; • Leis e Normas Técnicas; • Como aplicá-las; • O olhar sobre as vias públicas e a cidade; • Quebrando as barreiras arquitetônicas; • Vivência com sensibilização; • Exercício com estudo de caso. Fim de lista O curso é realizado com aulas expositivas e práticas. São 2 módulos de 6 horas / dia. Informações e Inscrições: Para mais informações sobre o curso e para efetuar a sua inscrição, envie um e-mail para: curso@ducaacessibilidade.com.br. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . WORKSHOP Encontros com propósito de discutir temas variados referentes à cultura de acessibilidade. Com apresentação dos profissionais da DUCA e seus parceiros (empresas de pisos táteis e sinalizações, plataformas e elevadores, louças e metais sanitários). Visa a orientar as pessoas envolvidas na construção civil, especificadores, arquitetos, profissionais interessados no assunto, que tenham dúvidas nos materiais e que buscam orientações mais detalhadas para as execuções e aplicações dos mesmos. Carga horária: 6 horas Informações e Inscrições: Para mais informações sobre o curso e para efetuar a sua inscrição, envie um e-mail para: curso@ducaacessibilidade.com.br. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PALESTRAS DE SENSIBILIZAÇÃO Voltadas para o meio corporativo, nossas palestras são desenvolvidas para sensibilizar, esclarecer e orientar as empresas sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Temas: - A Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência A promoção da Diversidade Humana como Valor Agregado da Empresa. - Derrubando Barreiras no Atendimento Reconhecendo a Diversidade Humana como Fator de Sucesso da Empresa Carga horária: 2 horas Informações e Inscrições: Para mais informações sobre o curso e para efetuar a sua inscrição, envie um e-mail para: curso@ducaacessibilidade.com.br. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Curso de Danças Gaúchas de Salão para Deficientes Visuais Gaúcho vestindo a indumentária tradicional É com muita alegria que estamos divulgando o Curso de Danças Gaúchas de Salão para deficientes visuais e familiares. O Curso será realizado no galpão "3" do 35 Ctg (após a entrada da churrascaria) que recebeu o Projeto "Peleando Pela Inclusão", mostrando que o seu pioneirismo está também na discussão da inclusão e acessibilidade no tradicionalismo.  O projeto de inserção ao Tradicionalismo e danças gaúchas de salão visa estimular dentro do indivíduo cego valores tradicionalistas, nativistas, folclóricos e regionais, contribuindo assim de forma significativa na manutenção da auto-estima autoconfiança segurança e socialização. Estimulando valores éticos através do conhecimento do tradicionalismo, enriquecendo nos indivíduos envolvidos valores familiares, promovendo direitos humanos e a inserção da pessoa com deficiência em espaços carentes de acessibilidade, estimulando em todos os envolvidos o exercício da cidadania. Quando: Início do Curso 06 de Março de 2012 Horário: 14h: 30 mm Onde: 35 Ctg- Galpão 3 - Avenida Ipiranga nº5.300 ao lado do Bourbon Vagas limitadas. O curso é gratuito para deficientes visuais e familiares. Cronograma de atividades do curso: - Carga Horária: 24 horas - 2 horas semanais - Previsão de curso: 3 meses. - Introdução origem e musicalidade. - Ritmos - Indumentária e origem do tradicionalismo - Haverá no decorrer do curso aula de indumentária com exposição de peças típicas que contará com audiodescrição para pessoas com D.V. - 8 Ritmos que habilitam o indivíduo a dançar em qualquer salão que estiver executando danças gaúchas (fandango) - Baile de formatura no término do curso. Fonte: DTG ACERGS Sds,

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

a verdadeira diva.A cantora e atriz americana Whitney Houston morreu no último sábado aos 48 anos de idade, após uma carreira cheia de sucessos musicais memoráveis e uma vida com drogas e álcool como seus maiores "amigos e inimigos". Whitney nasceu em Newark, Nova Jersey (EUA), no dia 9 de agosto de 1963. Sua mãe foi cantora de gospel e folk-blues e seu pai dirigiu um coro misto de gospel. Prima da cantora Dionne Warwick, era parente distante de Aretha Franklin. Aos 11 anos começou a cantar gospel e hinos espirituais negros na igreja Batista da Nova Esperança, da qual sua mãe era "minister of music" e aos 15 no coro de sua mãe. Seu primeiro álbum, "Whitney Houston", lhe deu 40 discos de ouro e de platina e foi sete vezes consecutiva número um nas paradas. Com vendas de mais de 14 milhões de cópias em dois anos, entrou no livro "Guinness" dos recordes. Deste álbum saíram singles como "How Will I Know", "You Give Good Love" e "Saving All My Love for You". Por este álbum ela ganhou o "Grammy" de melhor vocalista feminina de pop em 1986. Seu segundo LP, "Whitney", continha os hits "I Wanna Dance With Somebody" e também ganhou, em 1988, o Grammy de melhor vocalista feminina de pop. Além disso, conseguiu vários prêmios Emy e o título de Artista do Ano da revista "Billboard". Em janeiro de 1989 conseguiu seu terceiro prêmio pelo American Music Award, por melhor disco de pop-rock e como melhor vocalista de soul-rhythm and blues. Dois meses depois ganhou o prêmio de melhor cantora feminina, como resultado de uma pesquisa nacional. No final de 1992 estreou "O Guarda-costas", no qual foi protagonista junto com Kevin Costner. Da trilha sonora foram vendidos mais de 23 milhões de cópias e a famosa "I Will Always Love You" foi o single mais vendido em todos os tempos, número um durante 14 semanas na lista da "Billboard" e igual posto nas listas de 26 países. Em fevereiro de 1994, somou dois prêmios American Music Awards de melhor canção nas categorias de pop rock e blues pela trilha sonora de "O Guarda-costas" e, em março, recebeu três Grammys de melhor cantora feminina de pop, melhor disco do ano e melhor álbum do ano. para saber mais e assistir os videos que lembram de sua excelente carreira acesse ao site: http://babyboomers.com.br/noticia/visualizar/230

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

mundialmente conhecido e é utilizado como um meio de leitura para os deficientes visuais. Baseado em conjunto de pontos em relevo, esse método usa a sensibilidade corporal desenvolvida pelos cegos, possibilitando a distinção através da polpa dos dedos, a distância e o posicionamento entre dois pontos. Os pontos existentes, quando combinados, geram o alfabeto convencional, conhecido por nós, letras maiúsculas ou minúsculas, pontuações, acentos gráficos, números e até mesmo notas musicais. Esse sistema de escrita desenvolvido para os cegos facilitou e trouxe muitas oportunidades para essas pessoas especiais. Além de proporcionar um conhecimento maior sobre as mais diversas literaturas , desde os contos de fadas até artigos científicos. As palavras podem ser escritas em diversos idiomas desde o português até o hebraico, com o uso de todos os recursos que o alfabeto possui. A escrita em Braille é feita, principalmente, através das pautas e punções  ou ainda utilizando máquinas datilográficas especiais. Para os mais modernos, os textos podem ser escritos em computadores adaptados, que possuem um software apropriado instalado e depois imprimir em impressoras Braille. É extremamente importante que o conhecimento e as técnicas do Braille sejam difundidas para os não deficientes também, visto que, esses podem contribuir para o enriquecimento de livros escritos ou traduzidos para o Braille. Alguns programas, softwares e outras ferramentas já foram criadas e muitas estão sendo aperfeiçoadas para viabilizar a utilização da internet pelos cegos. Sendo assim, muitos sites educativos e informativos podem ser acessados pelos deficientes visuais, onde o mesmo pode escutar todo o conteúdo ou imprimir em Braille. Um exemplo de programa leitor de tela é o DOSVOX, que foi feito no Brasil e que auxilia o deficiente a fazer uso do computador através de um aparelho sintetizador de voz. O Jaws – www.freedomscientific.com-, outro software, tem  a mesma função que o anterior, mais popular, com a vantagem de possuir recursos para internet que os demais programas do gênero não têm.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Segue o relato bem interessante de um deficiente visual sobre a audiodescrição na TV aberta no Brasil. Há várias dicas de ordem técnica. Vale a pena ler!  Olá, pessoal! Resolvi escrever este relato, pois além de ser útil a muitos deficientes visuais que possam ter interesse no assunto, também poderá evitar transtornos a quem deseja usufruir dos novos recursos que já estão disponíveis para nós. Há alguns meses escutei no Jornal Nacional, veiculado pela Rede Globo do Brasil, uma notícia afirmando que a partir daquela data os filmes veiculados nos programas Tela quente e Temperatura máxima teriam audiodescrição. A reportagem informava que tal recurso só estaria disponível através do sinal digital e seu acesso se daria pela tecla SAP. No dia 26 de dezembro de 2011 saí à procura de um televisor que suportasse tais funções e me encaminhei para um dos melhores shopping de Belo Horizonte. A minha batalha foi infrutífera. Em todas as lojas que procurava um televisor com conversor digital e tecla SAP a resposta era unânime: Não existe tecla SAP em televisores digitais. A minha esposa chegou a perguntar se havia alguma outra tecla que substituiria esta função e os representantes de fabricantes como LG, Samsung e Sony foram tachativos: Não existe. Voltei frustrado para casa, mas disposto a descobrir como acessar este recurso. Depois de muito pesquisar na internet e ligando para serviços de atendimento ao consumidor de alguns fabricantes descobri o mistério. Na verdade a tecla SAP realmente não existe em televisores digitais. Existe agora uma nova tecla chamada MTS ou Multichannel Television Sound. Esta tecla substitui a tecla SAP com vantagens, pois é um recurso que permite o acesso a vários canais de som pelo televisor. Desta forma, ao assistirmos a um filme dublado podemos optar pelo áudio dublado, áudio original ou dublado com audiodescrição. A tecla SAP refere-se a um segundo canal de áudio, ou seja, permite alternar entre o áudio dublado ou áudio original do filme. Desta forma, não posso afirmar com absoluta certeza que televisores com esta tecla possam acessar o áudio dublado do filme que possui audiodescrição. Então, no dia 30 de janeiro de 2012, parti novamente em busca de um televisor que possuísse esta função no controle remoto, pois em alguns televisores esta função está no menu do aparelho, o que dificulta o nosso acesso. Finalmente encontrei um modelo adequado às minhas necessidades. Um televisor Samsung LCD de 32 polegadas, com conversor digital integrado e a tecla MTS no controle remoto. Cheguei em casa e, com a ajuda de um amigo a televisão foi montada e fiquei aguardando o horário da Tela quente, programa da Globo que passaria um filme com audiodescrição. Quando o filme começou eu e minha esposa já estávamos sonolentos, mas a oportunidade de assistir a um filme com audiodescrição nos deixou bastante animados e acabamos por assistir todo ele. Bom, a novela do acesso ao novo recurso terminou com um final feliz e, por isto, além do meu relato, vou colocar aqui algumas dicas que possam orientar vocês na compra de um aparelho que atendam às necessidades exigidas para usufruir deste maravilhoso recurso: 1- Não importa se o televisor é LCD, LED ou 3D. Também não importa se ele terá 22, 32, 42 ou 55 polegadas. O essencial é que ele possua o conversor digital integrado. 2- Levem um olho amigo com vocês para não correrem o risco de comprarem uma TV que possua este recurso no menu. Exijam um modelo que possua a tecla MTS no controle remoto. Isto vai facilitar muito o acesso a este recurso. 3- Não adianta testar na loja. Os programas veiculados pelas redes televisivas que possuem audiodescrição só passam em horários específicos. Desta forma, testar esta função na loja poderá ser perda de tempo. Além disto, esta função só está disponível para a tv aberta, ou seja, provavelmente não funcionará se dentro da loja os televisores estiverem apresentando imagens de circuito interno. Caso vocês conheçam outros programas veiculados por outras emissoras que sejam transmitidos durante o horário comercial poderão ir à loja e pedir para testar os aparelhos no canal e horários específicos. Vale lembrar que o mesmo programa da emissora, caso seja transmitido via tv a cabo ou por assinatura, pode não possuir a audiodescrição devido à transmissão não ser por via aérea, ou seja, não estará recebendo o sinal direto da emissora. 4- Como acessar a função? No meu televisor Samsung bastou ir pressionando a tecla MTS até ouvir a dublagem com audiodescrição. Para colocar o áudio do filme que assisti com dublagem e audiodescrição pressionei a tecla MTS por duas vezes. Na primeira o filme ficou com o áudio original que era em inglês. Na segunda vez surgiu a dublagem com audiodescrição. 5- Se o seu televisor estiver reproduzindo a dublagem com audiodescrição é possível que, durante os comerciais, alguns deles fiquem mudos. Isto acontece porque o áudio daquela propaganda está sendo transmitido apenas pela primeira faixa de áudio que é a da dublagem sem audiodescrição. Se pressionar a tecla MTS e retornar à primeira faixa de áudio tudo volta ao normal. 6- A programação transmitida pelas emissoras no formato digital é feita via UHF e não via VHF. Desta forma, talvez seja necessário adiquirir uma antena que possa captar os sinais UHF com qualidade. Na minha casa uma antena interna foi suficiente. Mas tudo dependerá da região em que você se encontre. Em alguns locais o sinal digital pode ainda não existir ou ser muito fraco. Neste último caso, talvez uma antena externa resolva o problema. 7- No formato digital, a tv não apresenta sons com ruídos ou imagens com sombras. Se o sinal digital estiver fraco, o que acontecerá é um congelamento da imagem e cortes no áudio. Na minha tv, quando sintonizei os canais, ela automaticamente selecionou o sinal digital para as emissoras que transmitiam sua programação neste formato, mas também captou o sinal analógico das emissoras que ainda transmitem sua programação neste padrão. Assim, as emissoras que ainda não possuem transmissão no formato digital brasileiro podem apresentar imagens duplas ou com sombras, chuviscos ou mesmo ruídos no áudio. Se estiver assistindo um canal de TV com estas características, pode ter certeza de que não está assistindo a programação de uma emissora no formato digital. Bom, acho que isto é tudo que tenho a dizer sobre o assunto. Espero que todos que estejam na espectativa de assistirem a programação da TV com audiodescrição possam encontrar aqui informações suficientes para adquirirem seus televisores sem receio, aproveitando o que a tecnologia assistiva disponibiliza para nós. Sei que existe uma legislação a respeito do assunto, mas como desconheço a lei não vou me pronunciar a respeito. Me parece que até 2014 todas as redes que transmitem sua programação via aérea deverão ter pelo menos 20% de sua programação com audiodescrição. Não estou certo da data nem do percentual, mas isto eu deixo a cargo de quem se interessar. Uma coisa posso lhes afirmar com certeza: poder assistir a um filme com audiodescrição é uma autonomia que não tem preço. Aconselho a todos os deficientes visuais a adiquirirem suas TVs no formato digital para aproveitarem tudo de bom que está sendo colocado ao nosso dispor. E caso eu tenha colocado aqui alguma informação errônea, por favor, não receiem em me corrigir. Abraços, Abel Fonte: ACERGS, FEITA PARA DEFICIENTES VISUAIS

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Audiodescrição e Inclusão Cultural Lendo novamente o ótimo site "Movimento Livre", que traz temas relacionados à Deficiência Visual, pudemos ver um texto muito legal, intitulado "A Audiodescrição como Motor de Inclusão Cultural". Tá curioso? Lá vai o link, ó: http://www.movimentolivre.org/artigo.php?id=97 Nota 10 para o autor do post!!! :-) Afinal, deficiente visual (DV) também se interessa por cultura e gosta de lazer: sair, passear, ir ao cinema... Mas peraí! Se você não é deficiente visual, deve estar se perguntando: "uê, mas como essas pessoas sem visão acompanham os acontecimentos à sua volta e acompanham os filmes no cinema, sendo que frequentemente há informações que só podem ser captadas pela visão? Afinal, como essas pessoas, sem enxergar, vão saber qual é o cenário ao redor e as roupas que as pessoas vestem, em um passeio? Como vão saber o que tá passando na tela do cinema?"  Graças à AUDIODESCRIÇÃO, isso pode ser possível! Bom, em parte dos casos, as pessoas com deficiência visual contam com a companhia de pessoas conhecidas, que vão com elas a esses lugares e lhe descrevem o que estão vendo. Porém, há um "probleminha"... nem todas as pessoas com limitações visuais contam com pessoas normovisuais que lhe "emprestem os olhos" para passar-lhes informações que só são possíveis de ser captadas pela visão! Frequentemente, há a falta de disponibilidade de amigos e parentes normovisuais para acompanhar indivíduos cegos e de baixa visão em tais atividades; dessa forma, os DVs ficam sem saber o que ocorrem em cenas de filmes e peças teatrais, ou de passeios que participam, caso eles queiram se envolver em atividades dessa natureza e resolvam ir sozinhos (ou na companhia de pessoas também com visão comprometida)... Aí, diante disso, muitos deficientes visuais ficam sem acesso a tais atividades e, com isso, com severas restrições ao acesso à cultura e informação! Daí o grande movimento, por parte de pessoas e grupos ligados às questões relativas à deficiência visual, em tentar contornar esse problema, à medida que divulgam e tentam conscientizar os organizadores de eventos culturais e de lazer sobre a importância relevante de audiodescritores profissionais em diversos eventos culturais - tais como cinema, teatro, passeios turísticos com guia... senão, como os deficientes visuais vão ter acesso à tais eventos? Sabe-se que, para uma pessoa portadora de necessidades especiais ter sua plena INCLUSÃO na sociedade, ela necessita ter acesso a teatros, cinemas, viagens. Ela precisa se manter bem informada, para poder ter condições de participação social e, assim, mostrar que são competentes para contribuir com a sociedade em que vive... isso sim, facilitará bastante o processo de inclusão social! Oras, se um deficiente visual fica à margem dos meios de comunicação visual e dos eventos de cultura e de lazer, e fica só "alienado", "preso em seu casulo", como é que ele vai conseguir integrar com os normovisuais? Como é que ele vai ter assunto interessante e construtivo para trocar ideias com as pessoas que enxergam? <="sociedade!!!!<" à="à" intelectuais"="intelectuaisquot;" forças="forças" "somar="quot;somar" de="de" papel="papel" seu="seu" tem="tem" também="também" que="que" mostrar="mostrar" possa="possa" visão="visão" baixa="baixa" portador="portador" o="o" ou="ou" cego="cego" fim="fim" a="a" cultural,="cultural," vida="vida" da="da" situações="situações" diversas="diversas" em="em" AUDIODESCRIÇÃO="AUDIODESCRIÇÃO" importância="importância" extrema="extrema" é="é" forma,="forma," Dessa="Dessa"> Fonte: Sopa de Números na Educação Inclusiva

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

aulas de informatica on line.aulas de informatica online para deficientes visuais ou interessados falar com a marcia.pelo email:marcia.lorena2015@gmail.com,ou pelo celular 1281457313

Projeto Homem Virtual lança 26 vídeos sobre o corpo humano, com audiodescrição Brazão do Governo do Estado de São Paulo A Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, convida para a cerimônia de lançamento do "PROJETO HOMEM VIRTUAL" no Acessa São Paulo.  O projeto "Homem Virtual" é uma coleção de 26 vídeos de curta-metragem produzidos especialmente para a internet sobre o funcionamento do corpo humano. Desenvolvidos totalmente no Brasil pela Disciplina de Telemedicina da FMUSP e pela Secretaria de Estado de Direitos das Pessoas com Deficiência, em parceria com a Secretaria de Estado de Gestão Pública, através do Acessa São Paulo, os vídeos mostram sequências dinâmicas do corpo humano por meio de computação gráfica tridimensional e possuem o recurso da audiodescrição, que facilita o acesso de pessoas com deficiência visual. Saiba mais sobre o projeto "Homem Virtual" Programe-se: 15 de Fevereiro de 2012, quarta-feira, 11 horas Parque da Juventude Avenida Zaki Narchi, 1309 – Santana São Paulo/SP Fonte: www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Projeto Clarear apresenta: Lição de Amor com audiodescrição Projeto Clarear - Biblioteca Monteiro Lobato Filme: Lição de amor Cinema com Audiodescrição Lição de Amor - cartaz do filme Dia 25 de Fevereiro / sábado / Às 15h  Neste mês o Projeto Clarear comemora um ano. E para comemorar será exibido o filme "Lição de amor", com Sean Penn Direção:Jessie Nelson. Rua João Gonçalves, 439 – Centro. Entrada gratuita. O projeto Clarear é um projeto de inclusão cultural para pessoas com deficiência. Nesta fase do projeto o foco principal é a audiodescrição que tem como objetivo levar a cultura para o guarulhense com deficiência visual. A audiodescrição tem sido muito solicitada não só nos filmes, mas em todo evento que haja a necessidade ou iniciativa dos organizadores como: teatro, futebol, dança, zoológico, missa, festas, entre outros. Equipe do Projeto Clarear A equipe é formada por Valter Carvalho, Eliana Boaventura Portella e Araçary Teixeira. Apoio: Secretaria de Cultura O Que é Audiodescrição? A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que permite que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender melhor filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas e outros, ouvindo o que pode ser visto. É a arte de transformar aquilo que é visto no que é ouvido, o que abre muitas janelas do mundo para as pessoas com deficiência visual. O que a Audiodescrição Possibilita? Com este recurso é possível conhecer cenários, figurinos, expressões faciais, linguagem corporal, entrada e saída de personagens de cena, bem como outros tipos de ação, utilizados em televisão, cinema, teatro, museus e exposições. Desta forma, as pessoas com deficiência visual poderão frequentar sessões de cinema, ir ao teatro e a outros espetáculos, visitar museus, exposições e mostras, atividades que, geralmente, não fazem parte do cotidiano destas pessoas; em primeiro lugar porque são artes que exploram os recursos visuais tanto na cenografia como na caracterização dos personagens e da época. Em segundo, porque a sociedade, em geral, impede o acesso das pessoas com deficiência a determinados espaços, confinando-as a conviver com seus pares em espaços especialmente destinados a elas, como as escolas especiais. Ainda é pequeno o número de ações que visam possibilitar o acesso das pessoas com deficiência a todas as atividades da vida diária, incluindo aqui as atividades sociais e culturais. A Audiodescrição Informal A audiodescrição traz a formalidade para algo que era, anteriormente, feito informalmente, graças à sensibilidade e boa vontade de alguns. Isso acontece e acontecia quando as pessoas com deficiência visual, mais curiosas, começavam a fazer perguntas, tirar dúvidas, durante o filme, peças de teatro e outros tipos de espetáculo. Entretanto, nem todas as pessoas que os acompanham estão preparadas para prestar esse tipo de serviço, e, além disso, essas pessoas também querem assistir o filme ou espetáculo e, ter que dar informações adicionais, pode fazer com que a pessoa perca o fio da meada, deixe de entender determinadas coisas e cenas. Por Lívia Maria Villela de Mello Motta - Bengala Legal Fonte: Bibliotecas Públicas de Guarulhos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Entrevista O que é inclusão? É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores? A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação. O que faz uma escola ser inclusiva? Em primeiro lugar, um bom projeto pedagógico, que começa pela reflexão. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve discutir o motivo de tanta repetência e indisciplina, de os professores não darem conta do recado e de os pais não participarem. Um bom projeto valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores da turma. As práticas pedagógicas também precisam ser revistas. Como as atividades são selecionadas e planejadas para que todos aprendam? Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que no fim das contas todos tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não. Como está a inclusão no Brasil hoje? Estamos caminhando devagar. O maior problema é que as redes de ensino e as escolas não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado preferencialmente na escola , que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições especializadas, principalmente em deficiência mental. Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos num processo de conscientização. A escola precisa se adaptar para a inclusão? Além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo local. Assim, uma criança cega, por exemplo, assiste às aulas com os colegas que enxergam e, no contraturno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile e de instrumentos como o soroban, para fazer contas. Tudo isso ajuda na sua integração dentro e fora da escola. Como garantir atendimento especializado se a escola não oferece condições? A escola pública que não recebe apoio pedagógico ou verba tem como opção fazer parcerias com entidades de educação especial, disponíveis na maioria das redes. Enquanto isso, a direção tem que continuar exigindo dos dirigentes o apoio previsto em lei. Na particular, o serviço especializado também pode vir por meio de parcerias e deve ser oferecido sem ônus para os pais. Estudantes com deficiência mental severa podem estudar em uma classe regular? Sem dúvida. A inclusão não admite qualquer tipo de discriminação, e os mais excluídos sempre são os que têm deficiências graves. No Canadá, vi um garoto que ia de maca para a escola e, apesar do raciocínio comprometido, era respeitado pelos colegas, integrado à turma e participativo. Há casos, no entanto, em que a criança não consegue interagir porque está em surto e precisa ser tratada. Para que o professor saiba o momento adequado de encaminhá-la a um tratamento, é importante manter vínculos com os atendimentos clínico e especializado. A avaliação de alunos com deficiência mental deve ser diferenciada? Não. Uma boa avaliação é aquela planejada para todos, em que o aluno aprende a analisar a sua produção de forma crítica e autônoma. Ele deve dizer o que aprendeu, o que acha interessante estudar e como o conhecimento adquirido modifica a sua vida. Avaliar estudantes emancipados é, por exemplo, pedir para que eles próprios inventem uma prova. Assim, mostram o quanto assimilaram um conteúdo. Aplicar testes com consulta também é muito mais produtivo do que cobrar decoreba. A função da avaliação não é medir se a criança chegou a um determinado ponto, mas se ela cresceu. Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações, e não da comparação com os demais. Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência? Sim. O papel do professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiência. Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado. Não pode haver confusão. Uma criança surda, por exemplo, aprende com o especialista libras (língua brasileira de sinais) e leitura labial. Para ser alfabetizada em língua portuguesa para surdos, conhecida como L2, a criança é atendida por um professor de língua portuguesa capacitado para isso. A função do regente é trabalhar os conteúdos, mas as parcerias entre os profissionais são muito produtivas. Se na turma há uma criança surda e o professor regente vai dar uma aula sobre o Egito, o especialista mostra à criança com antecedência fotos, gravuras e vídeos sobre o assunto. O professor de L2 dá o significado de novos vocábulos, como pirâmide e faraó. Na hora da aula, o material de apoio visual, textos e leitura labial facilitam a compreensão do conteúdo. Como ensinar cegos e surdos sem dominar o braile e a língua de sinais? É até positivo que o professor de uma criança surda não saiba libras, porque ela tem que entender a língua portuguesa escrita. Ter noções de libras facilita a comunicação, mas não é essencial para a aula. No caso de ter um cego na turma, o professor não precisa dominar o braile, porque quem escreve é o aluno. Ele pode até aprender, se achar que precisa para corrigir textos, mas há a opção de pedir ajuda ao especialista. Só não acho necessário ensinar libras e braile na formação inicial do docente. O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas? Não, mesmo que a escola não ofereça estrutura. As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho. Muitos evitam reclamar por medo de perder o emprego ou de sofrer perseguição. Mas eles têm que recorrer à ajuda que está disponível, o sindicato, por exemplo, onde legalmente expõem como estão sendo prejudicados profissionalmente. Os pais e os líderes comunitários também podem promover um diálogo com as redes, fazendo pressão para o cumprimento da lei. Há fiscalização para garantir que as escolas sejam inclusivas? O Ministério Público fiscaliza, geralmente com base em denúncias, para garantir o cumprimento da lei. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, atualmente não tem como preocupação punir, mas levar as escolas a entender o seu papel e a lei e a agir para colocar tudo isso em prática.